Muito antes da Inglaterra, o hábito de tomar chá já estava presente em Portugal, onde a apreciação de uma boa infusão era comum desde a época das grandes navegações. Os portugueses traziam o chá da China, juntamente com outros produtos, e introduziram essa tradição em seu país. No entanto, foi através do casamento da princesa portuguesa Catarina de Bragança com o Rei Carlos II, da Inglaterra, em 1662, que o chá foi orientado na corte inglesa.
Parte do dote da princesa, dado no casamento, era um cofre cheio da planta Camellia sinensis, que despertou a curiosidade dos nobres e burgueses ingleses, que imitavam o hábito da Rainha portuguesa de tomar chá. Essa bebida se popularizou rapidamente entre a elite inglesa e se tornou um símbolo cultural do país.
No século XIX, a Duquesa de Bedford, mulher influente da sociedade, criou um traje que perdura até os dias de hoje: o chá das cinco. A Duquesa costumava pedir uma pequena refeição próxima das 5 da tarde, acompanhada de chá preto da Índia, servidos com leite e um pouco de açúcar, além de sanduíches de pepino ou scones. A Duquesa passou a convidar amigas para essa refeição leve antes do jantar, e o evento se tornou um sucesso na alta sociedade.
A Rainha Vitória, da Inglaterra, adotou o evento com suas damas e difundiu esse hábito ao longo do seu reinado (1837-1901), transformando o chá das cinco em um símbolo cultural inglês. Até os dias de hoje, essa prática é comum em todas as classes sociais e em vários países. O tea break à tarde é uma pausa deliciosa, necessária e revigorante, e é considerado uma tradição importante em muitas culturas ao redor do mundo.
Comments